Hoje vamos explicar por que a mineração de criptomoedas é ruim para o meio ambiente. Elon Musk se tornou um especialista em colocar debates sobre a mesa, fazendo com que o último girasse em torno de por que as criptomoedas são ruins para o meio ambiente. O fundador da Tesla rejeitou que seus carros elétricos pudessem ser comprados com Bitcoins, por causa do aumento dos combustíveis fósseis para mineração e transações de Bitcoin, de acordo com um comunicado divulgado no mês passado pela empresa.
Esta declaração atinge diretamente os defensores da criptomoeda, que argumentam que seu gasto de energia é menor do que o dos bancos centrais que emitem papel-moeda tradicional. O Cambridge Center for Altenative Finance estima que a energia usada na mineração de Bitcoin atingiu o máximo de todos os tempos, com uma taxa de 141,28 TWh.
Por que a mineração de criptomoedas é ruim para o meio ambiente?
O uso intensivo de energia exigida pela mineração de criptomoedas em equipamentos de informática seria reduzido pelo uso de energia renovável, mas a distribuição geográfica das áreas onde ocorre a mineração reflete que há dificuldades em sustentar essa teoria.
A China tem a maioria dos mineiros, e alguns empresários neste campo, como Zhang Nangeng, CEO da Canaan Inc, reconheceram que a mineração usando energia de combustível fóssil atrapalha os esforços de empresas como a dele, que defende o uso de energia renovável. Dois terços da energia produzida na China vêm de combustíveis fósseis, o que tem um impacto notável nas emissões de dióxido de carbono.
A alta do preço do Bitcoin observada no primeiro semestre do ano atraiu, inevitavelmente, novos investidores. Isso aumentou o interesse no mercado de criptomoedas, de modo que o aumento no consumo de eletricidade dificilmente era evitável.
O anúncio de Musk sobre a rejeição do Bitcoin demonstrou mais uma vez a volatilidade desse mercado, fazendo com que o preço dessa criptomoeda caísse.
Os países que assumiram um firme compromisso com a energia renovável, como a Islândia e a Noruega, permitem que a mineração de criptomoedas seja muito mais sustentável e ecologicamente correta. A Universidade de Cambridge destaca que o uso de eletricidade proveniente de energias renováveis está aumentando, respondendo por 39% do total da mineração no planeta e com tendência de aumento.
No entanto, apesar desses dados promissores, os países nórdicos têm um longo caminho a percorrer para se tornar a área onde ocorre a maior parte da mineração de criptomoedas. Como pode ser visto no gráfico da Universidade de Cambridge, as mineradoras ainda estão predominantemente localizadas na China e, mesmo na China, a mobilidade das mineradoras varia dependendo de onde os preços de eletricidade mais baratos são definidos, nem sempre de fontes limpas.
Com a maioria dos países preocupados em reduzir suas emissões de carbono no médio e longo prazo, o roteiro para as várias criptomoedas deve incluir uma conversão mais ecologicamente correta.