Os sites do Ministério da Defesa e das Forças Armadas da Ucrânia, bem como dois bancos ucranianos, foram atingidos por um ataque cibernético na terça-feira, de acordo com declarações de agências governamentais.
Não ficou claro quem estava por trás do hacking. Quando perguntado por CNN responsável pelo ataque, Victor Zhora, vice-presidente do Serviço Estatal de Comunicações Especiais e Proteção de Informações da Ucrânia (SSSCIP), respondeu: “É muito cedo para atribuir”.
Autoridades da Ucrânia estão sob ataques cibernéticos
O caso ocorre em meio a relatos de que a Rússia reuniu cerca de 150.000 soldados perto da fronteira com a Ucrânia, conforme relatado na quinta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e autoridades dos Estados Unidos e de outros países alertam que uma nova invasão russa pode ocorrer a qualquer minuto. A Rússia negou que está se movendo para invadir a Ucrânia.
O SSSCIP relatou um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), no qual o tráfego falso inunda um site para impedir o acesso a ele. Os ataques DDoS são simples e baratos de conduzir. Embora possam ser irritantes, não é necessário um conhecimento sofisticado para conduzir tal ataque.
De acordo com as autoridades, os sites dos bancos PrivatBank e Oschadbank foram restaurados às 19h30, hora local (12h30 ET), na noite de terça-feira. Jornalistas na Ucrânia relataram dificuldades em acessar sites de agências governamentais durante a noite de terça-feira, segundo a CNN.
Os endereços do Internet Protocol (IP) dos quais os hackers estão inundando sites ucranianos com tráfego ainda estavam sendo monitorados pelas autoridades do governo ucraniano, de acordo com Zhora.
Matt Tait, especialista em segurança cibernética e ex-especialista em segurança da informação da agência de inteligência de sinais do governo do Reino Unido, disse que o ataque DDoS parece “fazer parte de uma campanha geral de assédio e desmoralização contra o público incentivada pelo governo russo”.
O ataque DDoS, de acordo com Matt Tait, especialista em segurança cibernética e ex-oficial de segurança da informação da agência de inteligência de sinais do governo do Reino Unido, parece “fazer parte de uma campanha geral de assédio e desmoralização contra o público incentivada pelo governo russo”.
“Dito isso, isso é bem diferente dos ataques cibernéticos militares/cinéticos que podem ser usados em conflitos diretos, como desativar serviços públicos ou atingir objetivos militares diretos. Por esse motivo, recomendo cautela ao ver este evento como um precursor direto da invasão”, acrescentou Taid, segundo a CNN.
A Rússia nega rotineiramente a realização de ataques cibernéticos. No mês passado, os sites do governo da Ucrânia foram atingidos por um ataque cibernético separado. Autoridades ucranianas alegaram envolvimento russo e bielorrusso, mas a investigação não nomeou esses países como suspeitos.