A Intel apresentou seus objetivos para os próximos cinco anos, um roteiro com o qual pretende retomar a liderança que perdeu para a AMD e a chegada da Apple.
A Intel quer retomar sua liderança na indústria de processadores e definiu essa meta em um roadmap abrangente, que detalha as diferentes gamas de produtos em que trabalhará nos próximos cinco anos. Veremos a chegada de novas nomenclaturas de processadores e novas arquiteturas.
O setor de fabricação de processadores tornou-se mais competitivo do que nunca. A Intel, que já foi líder indiscutível, vem perdendo a liderança para empresas como a AMD, que concorre com a Ryzen, e a adição da Apple, que agora está desenvolvendo seus próprios chips.
Para reverter essa tendência, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, traçou seu novo roteiro no Intel Accelerated. “Até que a tabela periódica se esgote, seremos incansáveis em nossa busca para cumprir a Lei de Moore e em nosso caminho para inovar com a magia do silício”, observa Gelsinger.
Família de processadores Intel 7 e 4
A mudança inicial que a empresa está propondo é um retrabalho da nomenclatura de seus processadores, que ela diz alcançar “uma visão mais precisa dos nós de processo em toda a indústria”. Isso significa que os novos chips de terceira geração de 10 nanômetros se chamarão Intel 7, deixando para trás nomes como o chip SuperFin, também de 10 nm.
O objetivo é colocar os chips de 10 nm da Intel no mesmo nível dos produtos de 7 nm da AMD e dos chips M1 de 5 nm da Apple. À primeira vista, pode parecer um golpe de marketing injusto, mas é importante ter em mente que os processadores modernos deixaram de se referir ao tamanho do transistor em seus nomes décadas atrás e outros aspectos são levados em consideração, como as tecnologias utilizadas em sua produção.
Desta forma, os chips de 10 nm da Intel podem ser medidos em relação aos chips Ryzen de 7 nm de última geração da AMD ou de outros fabricantes, usando densidade de transistor e tecnologias semelhantes no processo de fabricação. A Intel pretende deixar essa comparação mais clara para os consumidores com a nova nomenclatura:
- Intel 7: Ele adota a tecnologia de 10 nm de terceira geração da Intel e promete desempenho 10-15% maior por watt, bem como maior eficiência do que as gerações anteriores. Esta linha de produtos aparecerá este ano com os chips Alder Lake planejados para produtos de consumo.
- Intel 4: Este será o nome da arquitetura de 7 nm que a Intel atrasou até 2023. É o próximo grande salto da empresa que adotará a tecnologia EUV já usada por marcas como Samsung e TSMC em nós de 5 nm. Essa melhoria promete uma densidade de transistor de 200 ou 250 milhões por milímetro quadrado em processadores Intel 4. Os chips de 5 nm da TSMC atingem 171,30 milhões por milímetro quadrado.
A produção do Intel 4 está programada para o segundo semestre de 2022 e chegará ao mercado em 2023 com o Lago Meteor em produtos de consumo. O resultado final é o aumento da concorrência de mercado e o retorno mais forte da Intel pode proporcionar aos consumidores melhorias de desempenho e menor consumo de bateria nos futuros computadores que comprarem.
Novas arquiteturas
O roteiro continua a olhar para 2024, quando eles esperam ter seu primeiro projeto de transistor sub-nanômetro e passar para o tamanho angstrom. Na ocasião, eles também apresentarão a arquitetura RibbonFET, a primeira desde que estreou FinFET em 2011. Esta nova arquitetura será combinada com PowerVia, uma tecnologia que permite mover a fonte de alimentação para a parte traseira do wafer e otimizar sinal de transmissão.
Todos esses objetivos fazem parte do projeto global da Intel para a próxima meia década, em que Gelsinger também anunciou a abertura de novas fábricas nos Estados Unidos e na Europa.