No início de 2020, a Comissão Europeia testou a ideia e ela finalmente avançou com 582-40 votos a favor. Na União Europeia, o carregador único era inevitável. A Comissão Europeia está a preparar nova legislação para a aplicar.
Conforme relatado por Reuters, na próxima quinta-feira, a Comissão Europeia irá propor legislação para o carregador único no mercado da União Europeia. Se tudo correr conforme o planejado, a proposta será implementada no próximo ano, com os países membros dado um ano para promulgá-la na legislação nacional.
Uma vez que a legislação seja nacional em cada país membro, os fabricantes terão mais um ano para implementá-la. Finalmente, podemos esperar que a nova regra entre em vigor em meados de 2024, quando os fabricantes serão obrigados a lançar seus novos smartphones e outros dispositivos usando um único padrão.
Um único carregador
O objetivo desta legislação é estabelecer um padrão único de cobrança que permitirá aos consumidores utilizar carregadores universais e independentes de marca, bem como um único carregador nas novas gerações de bens. O objetivo é reduzir o impacto ambiental e econômico de ter vários carregadores distintos.
A lei é voltada para smartphones, tablets, fones de ouvido, câmeras e alto-falantes. Dispositivos como leitores eletrônicos ou carregadores sem fio estarão, em princípio, isentos desta lei.
É importante notar que um único padrão está sendo buscado na porta do dispositivo, e não no carregador. Mesmo que eles não sejam totalmente gratuitos, os fabricantes terão que parar de vender um novo carregador com cada smartphone e, em vez disso, permitir que os clientes usem um antigo. Isso é algo que alguns fabricantes, como a Apple, já fazem. Os novos iPhones vêm com apenas o cabo na caixa.
Por falar em Apple, é o principal adversário a esta nova legislação da Comissão Europeia. As três portas que atualmente dominam o mercado são USB-C, MicroUSB e Iluminação da Apple. Enquanto outras empresas já converteram para USB-C a partir de MicroUSB, a Apple é a única que ainda utiliza uma porta dedicada e exige carregadores e cabos de marca proprietária. Eles afirmaram em 2020 que esta lei “sufoca a inovação”, com uma longa página de 92 estudo feito por uma empresa de análise econômica.